sexta-feira, 8 de abril de 2016

A DOR

Quase sempre quando não quero ouvirdes, tu vens sem licença e fala sem meu consentimento.
Ah! Como desejarias não ter ouvidos naquela hora. Desejaria que um barulho de fim de mundo acontecesse pra não ouvirdes tuas breves palavras.
Palavras pequenas, tão pequenas...... que doerão por uma eternidade.
Aos poucos se desvanecerão, como que tivessem partido.
Mas estarão sempre adormecidas.

Tu algum dia as despertará novamente e não há coração que aguente, palavras tão simples e tão doentes.
Ah! Como desejarias que elas não me contaminassem.
Mas em frente a elas o egoísmo alça voos.

Tudo em vão, sempre foi.
Não há coisa que explique esse meu viver.
Passo dias alimentando exageradamente mágoas e em segundos tudo se acaba.
Retornemos ao zero. A dor se baseia na alegria.

O segredo para ser feliz, está em ser triste.


                                    ( melodramatologia)



sexta-feira, 1 de abril de 2016

ISMÁLIA - Alphonsus Guimarães

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
























Lulabel - DigitalArt

quarta-feira, 30 de março de 2016

A rara e estonteante beleza dos ruivos - Por CYNTHIA BLINK.

Ruivos não passam despercebidos. Eles realmente chamam a atenção, desfilando os fios vermelhos, laranjas e tons afins. Desde criança colecionam apelidos, depois de grandinhos viram ponto de referência e precisam aprender a lidar com curiosos que insistem em saber sobre a cor dos seus pêlos. É comum terem que responder se a “cortina combina com o tapete”.
 Esse alvoroço causado pela presença de um ruivo tem explicação. Acontece que eles são um fenômeno raro da natureza. A genética do rutilismo é difícil, um dos principais genes que determinam a cor do cabelo tem 40 variantes e somente 6 dão lugar ao vermelho. Segundo a revista “National Geographic”, apenas 2% da população mundial é ruiva.
E por isso que ser ruivo não é para qualquer um. Além de lidar como o assédio dos outros mortais eles precisam de cuidados redobrados com a pele. Totalmente proibidos de dispensar o protetor solar, já que a maioria deles possui pouca melanina (substância que atua como um filtro solar natural), são mais propensos ao câncer de pele.
Por culpa dessa exclusividade surgiram algumas teorias sobre a extinção dos ruivos. Alguns noticiários internacionais afirmavam que o fim dos ruivos seria em 2007, em outras discussões concluíram que não passará de 2060, mas os pesquisadores tranquilizam os cabelos vermelhos. Eles dizem que não existe a possibilidade de se extinguir os ruivos e afirmam ainda ser mais fácil acontecer uma nova mutação que resultaria no surgimento de uma nova cor de cabelo do que sumirem todos os tons de ruivo.
Os cabeças vermelhas têm uma grande história de luta e resistência. Depois dos recentes boatos sobre a extinção somado as iniciativas nas redes sociais e o Red Hair Day oficializou-se: 7 de setembro é o dia internacional dos ruivos. Viva a honra vermelha!